São Paulo - O modelo básico do Honda City é vendido no mercado brasileiro por 57.420 reais. Considerando a categoria em que o automóvel se enquadra, o valor não destoa daqueles cobrados pela concorrência. Sedãs rivais como o Volkswagen Polo, o Fiat Linea e o Ford Focus custam entre 50.000 e 60.000 reais. O que nem todo mundo sabe é que cruzando a fronteira com a Argentina, o mesmo carro com diversos acessórios - como direção elétrica, computador de bordo e airbag duplo - pode ser comprado por 20.100 dólares (o equivalente a 34.800 reais pelo câmbio de maio de 2010).
A diferença de preços em si já é curiosa, mas o que mais chama a atenção é que tanto o automóvel vendido lá como o que se compra aqui saem de uma mesma linha de produção, localizada em Sumaré, no estado de São Paulo. A importação tem custo zero para os vizinhos do Mercosul. A maior explicação para a diferença de preços é o peso dos tributos brasileiros. "Quando entrei neste ramo, costumava dizer que o carro era um burro de carga de impostos. Os anos passaram e ele continua sendo", diz Luiz Carlos Mello, coordenador do CEA (Cento de Estudos Automotivos) e ex-presidente da Ford.
Juntos, IPI, ICMS, PIS e Cofins representam entre 27 e 36% do valor total do automóvel - veículos a álcool e com menor número de cilindradas pagam menos, e vice-versa. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos os impostos equivalem a 6,1% do preço final dos veículos. A porcentagem sobe para 9,1% no Japão, 16% na Alemanha e 20% na Itália. Muito embora a tributação nos países emergentes não se equipare à praticada nas regiões de economia desenvolvida, a diferença no valor dos automóveis permanece grande na América Latina. No México, por exemplo, o Novo Gol 1.6 sai por 128.045 pesos - ou "modestos" 18.105 reais. No Brasil, o carro deixa as concessionárias valendo quase o dobro: 34.500 reais.
A disparidade sugere que os veículos produzidos lá fora poderiam invadir o Brasil. Mas engana-se quem pensa que a carga tributária dá alguma trégua aos importados. Ao preço do automóvel no porto de origem somam-se seguro, frete e uma alíquota de 35% referente ao Imposto de Importação. Em seguida, o carro recolhe todos os impostos pagos em solo nacional que não são cobrados no país de origem. Segundo a Abeiva, associação das empresas importadoras, a aritmética não deixa dúvidas: até chegar ao consumidor, o automóvel custará em média 2,7 vezes o preço do original em dólar ou euro.
A diferença de preços em si já é curiosa, mas o que mais chama a atenção é que tanto o automóvel vendido lá como o que se compra aqui saem de uma mesma linha de produção, localizada em Sumaré, no estado de São Paulo. A importação tem custo zero para os vizinhos do Mercosul. A maior explicação para a diferença de preços é o peso dos tributos brasileiros. "Quando entrei neste ramo, costumava dizer que o carro era um burro de carga de impostos. Os anos passaram e ele continua sendo", diz Luiz Carlos Mello, coordenador do CEA (Cento de Estudos Automotivos) e ex-presidente da Ford.
Juntos, IPI, ICMS, PIS e Cofins representam entre 27 e 36% do valor total do automóvel - veículos a álcool e com menor número de cilindradas pagam menos, e vice-versa. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos os impostos equivalem a 6,1% do preço final dos veículos. A porcentagem sobe para 9,1% no Japão, 16% na Alemanha e 20% na Itália. Muito embora a tributação nos países emergentes não se equipare à praticada nas regiões de economia desenvolvida, a diferença no valor dos automóveis permanece grande na América Latina. No México, por exemplo, o Novo Gol 1.6 sai por 128.045 pesos - ou "modestos" 18.105 reais. No Brasil, o carro deixa as concessionárias valendo quase o dobro: 34.500 reais.
A disparidade sugere que os veículos produzidos lá fora poderiam invadir o Brasil. Mas engana-se quem pensa que a carga tributária dá alguma trégua aos importados. Ao preço do automóvel no porto de origem somam-se seguro, frete e uma alíquota de 35% referente ao Imposto de Importação. Em seguida, o carro recolhe todos os impostos pagos em solo nacional que não são cobrados no país de origem. Segundo a Abeiva, associação das empresas importadoras, a aritmética não deixa dúvidas: até chegar ao consumidor, o automóvel custará em média 2,7 vezes o preço do original em dólar ou euro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário